segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Análise do poema "O Nevoeiro

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
define com perfil e ser
este fulgor baço da terra
que é Portugal a entristecer –
brilho sem luz e sem arder,
como o que o fogo-fátuo encerra

Ninguém sabe que coisa quere.
Ninguém conhece que alma tem,
nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ância distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...




1 pagina 26 Nevoeiro Mensagem 3ª parte



1.1)
- “Nem rei nem lei”

-Versos 4 a 6
-Versos 8 e 9

-Verso 12
1.2)
Os recursos estilísticos que acentuam o tom disfórico do poema são a anáfora (versos 7 e 8 e 11 e 12);
A personificação (Verso 4) e a antítese (Verso 3)

1.3)O verso 10º encontra-se entre () uma vez que representa uma expressão de inquietação formulada pelo sujeito poético, espécie de premonição de que algo está para acontecer.


1.4)
“Símbolo do indeterminado, de uma fase da evolução”.O nevoeiro remete simultaneamente para a noite e para a escuridão que é ver “Portugal a entristecer” e para a esperança ligada ao regresso de um novo Dom Sebastião.



2
2.1)
Este verso é uma afirmação triunfal de esperança. “ É a hora!” de assumirmos novamente o sonho, é o apelo á construção de um novo futuro. Se tudo está “morto” é a hora de renascer.

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