segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Análise do Poema "D. Dinis"

1) D. Dinis é caracterizado como poeta e lavrador.

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2.1) e 2.2)
O ambiente de mistério é criado sobretudo na primeira estrofe: “um silêncio murmuro” que só ao rei é dado ouvir “ o rumor dos pinhais (…) sem se poder ver”, isto é só acessíveis a sonhadores, porque só o futuro os revelará como “ trigo/de império”; na segunda estrofe refere-se, ainda, “a fala dos pinhais ” que é um “marulho obscuro”

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3.1) A metáfora remete por os pinheiros plantados pelo D. Dinis, que são já virtualmente as naus das descobertas – O futuro adivinhado, o rei aparece assim, como aquele que criou as condições para os descobrimentos.

3.2) Nos versos 6 e 7 o cantar jovem e puro é apresentado como um regato que corre em direcção ao oceano; Também estes versos encerram a ideia de que neste passado se adivinha já o futuro.

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4.1) Os versos 2, 4, 5, 10 conciliam os dois ciclos da nossa história.

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1.1) D. Dinis é aqui apresentado como um digno sucessor do rei cessante D. Afonso. O reino floresceu e progrediu em constituições leis e costumes que eliminavam a terra que já vive em paz.
Na estrofe 97 sabemos que ele foi o primeiro a estabelecer o ensino em Coimbra, por fim na estrofe 98 somos informados que D. Dinis fundou novas vilas construiu fortalezas e renovou todo o reino.

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2.1) As facetas de D. Dinis postas em relevo nestes versos são as de povoador e fundador da universidade. Já Fernando pessoa evidencia as suas facetas de lavrador e poeta. Enquanto Camões interessou-se particularmente pela visão histórica pessoa interessou-se pela visão mítica, visionária, rei capaz de antever o futuro.

Análise do Poema "D. Sebastião Rei de Portugal"

1. O poema "D. Sebastião" pode dividir-se em duas partes lógicas.


1.1 Delimita-as.

-Cada parte corresponde a uma estrofe.
 
1.2 Sintetiza o conteúdo de cada uma delas.

1ªParte-D.Sebastiao e caracterizado como um louco, porque ele procurava a glória e acabou por perdê-la. Ficou a lenda, mas o “físico” dele não.

2ªParte- O poeta admite e elogia a sua loucura, afirmando que um homem louco é mais que uma “Besta sadia” e que D. Sebastião mesmo morto continua nas mentes e nas esperanças das pessoas.

2. A "loucura" é o traço essencial do auto caracterização que o sujeito poético faz na primeira estrofe.

2.1 Identifica as causas a as consequências da "loucura" referida.

- A causa é o desejo da grandeza, ele é louco em querer avançar, louco em visualizar um grande futuro. A Consequência dessa loucura é a morte do próprio rei.

2.2 Explica o sentido dos versos 4 e 5.

- Nos versos 4 e 5 faz se a distinção entre o ser histórico (“Ser que houve”) e o ser mítico (“O que há”); se aquele ficou em Alcácer kibibir onde encontrou a destruição física, “O ser que há” Sobreviveu pois é imortal, é uma ideia símbolo - O sonho que comanda a realidade



3. Na segunda estrofe, o sujeito poético lança uma espécie de repto aos destinatários.
3.1 Identifica o referido desafio.

-Ele Desafia os leitores a serem tão loucos como ele, é o apelo á loucura e a valorização do sonho.

 
3.2 Explica, por palavras tuas, a intenção subjacente à interrogação retórica contida nos três últimos versos do poema.

- A interrogação retórica com que o poema termina, faz referência há loucura enquanto energia criativa que pudera reconstruir o império é através do sonho que o homem é capaz de seguir em frente sem temer a morte.


Resumo da estrofe 1 a 16 (canto I de "Os Lusíadas"):
 
Luís de Camões dedica o seu poema ao rei D. Sebastião, a quem louva pelo que representa para a independência de Portugal e para um aumento do mundo cristão. Após os louvores segue se o apelo para que o rei leia os seus versos. D. Sebastião é visto como a esperança da pátria portuguesa na continuação da difusão da fé. Deste modo, pudemos afirmar que Camões tentou fazer um retrato histórico.

 
1.1 Compara os dois retratos de D. Sebastião - aquele que foi feito por Fernando Pessoa e aquele que foi feito por Camões - e explica por que razão podem afirmar que um deles corresponde a um retrato histórico e o outro a um retrato mítico.

- O retrato de F.P corresponde a um retrato mítico enquanto Luís de Camões refere a história de Portugal - Retrato Histórico.





Análise do poema "O dos Castelos" de Fernando Pessoa e a sua intertextualidade com Luís de Camões

1) A Europa aparece personificada neste primeiro poema a Mensagem.


1.1) Procede á sua caracterização, recolhendo os elementos que o poema fornece.

R: A Europa aparece como uma figura feminina”Românticos Cabelos” e “Olhos Gregos”-é nessas respectivamente do norte (Românticos) e de sul (gregos)- deitada sobre os cotovelos, apoiando o rosto que é Portugal na sua mão direita. A Europa olha para o ocidente

1.2) Salienta a importância dos olhos, referindo o valor da repetição do verbo”fitar” e dos adjectivos que caracterizam o “olhar” no verso 10.

R:O (Olhar esfíngico e fatal) da conta da atitude expectante e contemplativa, enigmática e misteriosa, com o velho continente ”Fita…” (O ocidente) que representa a sua vocação histórica, o futuro que a Europa já desvendou do passado e que se apresenta agora como começa de novo tudo.

1.3) Explica por que razão pode afirmar que a posição “dos cotovelos” evoca as raízes culturais da identidade europeia.

R: A posição dos cotovelos estrategicamente colocados em Itália e em Inglaterra reitera a referencia as raízes culturais da identidade europeia.



1.4) Esclarece o uso do verbo”jazer” que caracteriza a postura desta figura feminina - a Europa.

R: Jazer significa estar deitado, mas tão bem estar morto. O uso deste verbo poderá estar relacionado com a necessidade de despertar um continente adormecido. Portugal (Rosto da Europa) poderá despertar o velho continente na procura de um novo império espiritual (5ºImperio).

2) Explica, por palavras tuas, os dois últimos versos do poema.

R: A Europa olha para o ocidente e o ocidente que Portugal (Futuro do Passado) isto é o caminho que levara Portugal a cumprir a sua missão histórica que continua no passado.

O ultimo verso do poema invendecia o papel do sujeito poético preconiza (destinou) Portugal: guiar a Europa.

Canto III (Estrofe 17 a 21) "Os Lusiadas" de Luis de Camões

1.1) Salienta o que há de comum entre o retrato de Portugal feito neste excerto e o do poema “O dos Castelos”.

R: Tal como no poema da mensagem, Portugal é aqui apresentado como”acumulo da cabeça/ de Europa toda”. Mais uma vez é atribuído a Portugal uma importância maior no desenvolvimento da história europeia.

1.2) Prova que neste excerto de Os Lusíadas o olhar para o passado é focalizado na vocação africana de Portugal.

R: Nos versos de 6 a 8 da estrofe 20 faz-se a lusão há expulsão dos mouros do seu próprio território e as campanhas africanas que deram origem á ocupação de vários pontos do norte de África.

1.3) Compara o sentimento de patriotismo presente nos dois textos.

R: Em ambos os textos o sentimento de patriotismo esta presente: no poema de Fernando Pessoa salienta se o nacionalismo profético da referência ao papel que cabe a Portugal na liderança da Europa; Nos versos de Camões o narrador confessa o seu amor há sua pátria, onde deseja morrer depois de ter levado a cabo a sua missão.

Análise do poema "O Nevoeiro

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
define com perfil e ser
este fulgor baço da terra
que é Portugal a entristecer –
brilho sem luz e sem arder,
como o que o fogo-fátuo encerra

Ninguém sabe que coisa quere.
Ninguém conhece que alma tem,
nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ância distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...




1 pagina 26 Nevoeiro Mensagem 3ª parte



1.1)
- “Nem rei nem lei”

-Versos 4 a 6
-Versos 8 e 9

-Verso 12
1.2)
Os recursos estilísticos que acentuam o tom disfórico do poema são a anáfora (versos 7 e 8 e 11 e 12);
A personificação (Verso 4) e a antítese (Verso 3)

1.3)O verso 10º encontra-se entre () uma vez que representa uma expressão de inquietação formulada pelo sujeito poético, espécie de premonição de que algo está para acontecer.


1.4)
“Símbolo do indeterminado, de uma fase da evolução”.O nevoeiro remete simultaneamente para a noite e para a escuridão que é ver “Portugal a entristecer” e para a esperança ligada ao regresso de um novo Dom Sebastião.



2
2.1)
Este verso é uma afirmação triunfal de esperança. “ É a hora!” de assumirmos novamente o sonho, é o apelo á construção de um novo futuro. Se tudo está “morto” é a hora de renascer.

Análise Mar Português

Mar Português

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma nãe é pequena.
Quem que passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.


1) O Poema que acabaste de ler é constituído por duas estrofes, a primeira marcadamente épica e a segunda de pendor lírico.

1.1) Prova a veracidade da afirmação de 1. sintetizando o conteúdo de cada estrofe.
R: Na 1ª estrofe o sujeito poético, apresenta uma realidade epica, é a sintese da história de um povo e dos sacrifícios que teve de sofrer para conquistar no mar.
Na 2ª estrofe, caracter reflexivo, o sujeito poético faz o balanço desses sacrifícios, concluindo que "valeu a pena" pois o sofrimento conduz à conquista do absoluto.

2) Concentra-te, agora, na 1ª estrofe.
2.1) Identifica as apóstrofes através das quais o sujeito poético se dirige ao destinatário do discurso.

2.2) Justifica o recurso à frase exclamativa na estrofe em análise.
R: As frases exclamativas pretendem realçar o sofrimento causados pela conquista do mar, àqueles que ficam em terra, nomeadaamente mães, noivas, filhos.

2.3) Interpreta o valor expressivo das repetições que aí podes encontrar.
R: A repetição do determinante interrogativo ( Quantas, quantas, quantas), aumenta o dramatismo da invocação da situação narrada.

3) Na 2ª estrofe, o sujeito poético faz uma espécie de balanço.
3.1) Explica, por palavras tuas, o sentido dos dois primeiros versos desta estrofe.
R: Nestes versos o sujeito poético considera que todos os sacrifícios são justificaveis, se o objecto que estiver na sua base for importante\nobre.

3.2) Relê a informação contida na nota 1. e explica o simbolismo do Bojador.
R: O Bojador simboliza o ultrapassar do medo, do desconhecido o 1º grande passo para o conhecimtento.

3.3)Interpreta o sentido dos vocábulos "mar" e "céu" no contexto deste poema.
R: O "mar" é símbolo de sofrimento mas também símbolo do absoluto, já que foi nele que Deus fez "espalhou o céu" e simboliza a realização do sonho e da gloria, que for capaz de conquistar o mar conseguirá chegar ao céu.